O tempo que estamos experenciando
é ímpar e sem precedentes. Ele nos inspira a criarmos espaços de reflexão que
nos ajudam a entender quem somos e o que queremos nos tornar. Sempre o tempo a
nos ensinar.
E é neste tempo de pandemia que
precisamos aguçar o olhar do coração para conseguirmos olhar mais distante e
além das aparências. Esse ensinamento quem nos dá são as nossas mães, pois
sabem do que iremos falar, fazer ou agir, antes mesmo de comunicarmos a elas.
No dia de hoje[1],
na reunião online de uma das escolas que trabalho, fui convidado a fazer uma
reflexão sobre as mães tendo em vista que ontem era o dia dedicado a elas. Muito
pensei: falarei sobre o que? Foi então que me veio a ideia de falar sobre o
rosto materno. Transcrevo aqui um pouco do que foi a minha reflexão.
O rosto é o que nos dá a
identidade. É por ele que somos reconhecidos e conhecidos. A identidade do
rosto materno muito tem a nos dizer. Falar do rosto materno é falar da
identidade única e intransferível da pessoa que chamamos de mãe na sua
individualidade compartilhada com sua prole, isto é, seus filhos.
Existe o rosto da mãe que é só
alegria. Que nunca se preocupou na vida com o seu bem estar e o bem estar da
sua família. Sempre bem cuidada enaltece a jovialidade. Mas este rosto também
pode esconder a dor e o sofrimento por saber que o filho, tendo todo o conforto,
escolhe o caminho do mal para seguir.
Existe o rosto materno sem maquiagem.
Aquele rosto que é regado pelas lágrimas de ter o filho preso; de ver o/a
filho/a no mundo da violência e das drogas; as lágrimas por ver o esforço dos
filhos em lutar e não conseguirem alcançar os seus objetivos; o rosto molhado pela
lágrimas por ver o filhos nos braços morrendo de fome e não ter o que dar a ela
para comer; o rosto sujo, uma mistura de lágrimas e sangue, por abraçar o filho
assassinado por mais que ela tenha implorado para ele não viver neste mundo do
crime e da violência, ou por ter sido vítima de um sistema excludente; o rosto
com os olhos embaçados de chorar por ver os filhos tombarem pela dor provocada
pelo Coronavírus sem o direito de acompanhar a morte nem ver o filho morto e
muito menos sem velar o seu corpo pelos últimos momentos.
Outro rosto é daquela mãe que tem
uma idade jovem, mas parece ter muito mais idade pelo sofrimento do trabalho,
sofrimento da violência doméstica, sofrimento pela verdade, sofrimento pelo
abandono. Esse rosto é calejado pela tristeza, mas sempre transmite esperança. É
um rosto que arranca compaixão pelas rugas estampadas nele, mas um rosto que denuncia:
“eu superei muito por amor!”.
Tem o rosto simples, daquela mãe
simples lutadora e batalhadora que com bom humor vence as dificuldades da vida
levando alegria aos seus e incentivando a sempre lutar e nunca desanimar.
O rosto de mãe é um rosto de
esperança e de amor que encontra forças para se dedicar a tudo que é bom
tornando ainda melhor e lutando para desviar e superar tudo o que vem para
destruir os laços afetivos. Mesmo que eles sejam destruídos fisicamente, jamais
serão destruídos no coração materno, pois o rosto pode mostrar a dor, mas o
coração acolhe a dor e a transforma em amor.
Assim, o rosto da mulher-mãe
branca, negra, índia, trabalhadora, dona de casa, empresária, professora,
médica, dentista, supervisora, motorista, agricultora, ... é sempre um rosto
que reflete o amor incondicional do coração.
Prof. Esp. Edemilton dos Santos.
Professor Edemilton, parabéns pela sensibilidade e zelo para com as palavras que o Espírito Santo te inspirou a partilhar com esse público.
ResponderExcluirQue Deus te abençoe e continue te usando para comunicar seu Reino.
Em tempo, abraços na sua mamãe!
Diácono Valdir - BH/MG
Caríssimo irmão na fé Diácono Valdir. Obrigado pelo seu retorno.
ExcluirObrigada deus abencoe vcs todos
ResponderExcluirNão aparece seu nome, mas agradeço imensamente pelo retorno.
ExcluirParabéns pelo texto, que o bom Deus o ilumine e o seu Espírito Santo o conduza!
ResponderExcluirAbraço!
Não aparece seu nome, mas agradeço imensamente pelo retorno.
ExcluirParabéns Edemilton, desejo que o Espírito Santo continue soprando grandes inspirações 👋👋👋
ResponderExcluirDavid aqui, parabéns Prof. Edemilton, é um orgulho trabalhar com você, sempre a ponderação num mar de ignorância.
ResponderExcluirObrigado David pelo retorno. É recíproco!
ExcluirParabéns Edi pelas palavras maravilhosas... palavras que edificam e emocionam... Grande beijo fica com Deus
ResponderExcluirIstela! Obrigado pelo retorno, pelo carinho e amizade!
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